Caminho das Rosas um roteiro histórico
BOM JESUS DO AMPARO ? Mais de 230 caminhantes percorreram ontem, 28, o Caminho das Rosas. Além de bom-jesuenses fizeram o passeio caminhantes de Ipoema e Senhora do Carmo. Além dos prefeitos de bom Jesus do Amparo, Wanderlei dos Santos Ribeiro e de Itabira, Marco Antônio Lage.
Publicado em 01/10/2025 21:44 - Atualizado em 01/10/2025 22:32
Caminhada das Rosas
A caminhada teve início na Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus do Amparo e terminou na Capela de Santa Teresinha, num percurso de seis quilômetros.
Caminhada das Rosas I Cemitério dos Escravizados
Pelo caminho os caminhantes passaram pelo cemitério dos escravizados, onde o secretário de Cultura e Turismo, Eduardo César Motta Dias contou um pouco da história do local. “Aqui foram enterrados escravizados entre 1837 e 1877. O local possuí duas cruzes porque na troca de uma cruz foram encontradas ossadas humanas e optou-se por manter a cruz que iria ser substituída. O local é patrimônio histórico desde 2003 e atualmente é objeto de estudo da UFMG para ser transformado em sítio arqueológico reconhecido pelo IPHAN”, explicou.
Logo à frente um café colonial compartilhado foi servido aos caminhantes. Quitandas, pães, sucos, frutos, queijos e café estavam no cardápio.
Em seguida, mais uma atração histórica, o muro de pedra e as sapucaias da fazenda Rio São João, patrimônio histórico nacional.
Caminhada das Rosas I Capela de Santa Teresinha
Para fechar a caminhada logo após a chegada na capela Santa Teresinha foi celebrada uma missa.
HISTÓRIA - No caminho das Rosas, as rosas significam também o florescer da história dos que por ali passaram e que deixaram fortemente registradas as suas memórias. Desbravadores, indígenas, negros escravizados, tropeiros, proprietários das fazendas, sacerdotes, escritores viajantes europeus e toda sorte de povos, em seu vai e vem, estrada abaixo, estrada acima, sentiam-se fortalecidos pela fé e crença em Deus.
O Caminho das Rosas atravessa paisagens rurais e urbanas, proporcionando aos viajantes a oportunidade de conhecer a cultura local, interagir com a comunidade e apreciar a beleza natural do entorno.
Um caminho de importância histórica e detentor de singularidades. A começar pela Matriz do Senhor Bom Jesus que acolhe a única imagem de Jesus aos 12 anos, vinda de Portugal, raridade a ser digna de nota. E pelo caminho, a Fazenda do Rosário que recebia em seu armazém toda a produção da Fazenda Rio São João. Conhecida por ser entreposto dos tropeiros e ainda na sua extensão, como referência nacional, abriga o Cemitério dos Negros Escravizados, e mais, a Fazenda Rio São João, hoje tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional -IPHAN.
Colaboração: Eduardo Motta
por Assessoria de Comunicação